Pelo menos 1,2 bilhão de músicas terão sido baixadas ilegalmente na Grã-Bretanha quando acabar o ano de 2010, segundo estudo da British Phonographic Industry (BPI) revelado nesta quinta-feira. A estimativa, considerada "conservadora" pelo grupo, supera em muito os 370 milhões de álbuns e compactos vendidos no país neste ano.
Executivos da indústria da música alegam que os números revelam a escala do problema enfrentado pelas gravadoras e outros investidores, relutantes em investir em novos talentos enquanto as receitas despencam.
- O download ilegal continua a crescer no Reino Unido - disse Geoff Taylor, diretor-executivo da BPI - É um parasita que ameaça toda uma geração de jovens talentosos de perder a chance de uma carreira musical e impede investimentos no setor de entretenimento digital.
O estudo, no entanto, calcula em 7,7 milhões o número de pessoas no Reino Unido que baixa músicas sem pagar de maneira regular. Esse número representa 23% da população online do país, segundo o site The Register . Ou seja, há um grande mercado potencial negligenciado pelas gravadoras.
No próprio estudo há indicações de que o investimento em - e não o combate a - novas tecnologias pode ser a saída para a indústria fonográfica. Segundo o BPI, 13% dos usuários de redes p2p deixaram de baixar músicas sem pagar. A maioria por motivos "positivos", como o surgimento de novos serviços legais de streaming e download pago.
O relatório do BPI informa que a venda de singles digitais no Reino Unido deve ultrapassar 160 milhões de faixas, contra 150 milhões no ano passado. A venda de albuns digitais deve ficar em torno de 21 milhões, contra 16,1 milhões em 2009.
Em 2010 surgiu o primeiro single digital a vender mais de um milhão de cópias, "I Gotta Feeling", dos Black Eyed Peas. Além disso, mais de 19 albuns superaram as 100 mil cópias digitais vendidas, entre eles dois ("Only by Night", do Kings of Leon, e "The Fame", da Lady Gaga) que ultrapassaram 250 mil cada. As vendas de música por download agora representam 24,5% do mercado britânico, contra 19,2% no ano passado.
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