Policiais treinados em tecnologia começaram a usam redes sociais como o Facebook para contatar testemunhas de acidentes de trânsito, tática que alguns parisienses consideram invasão de privacidade.
Desde 10 de janeiro, internautas que se conectam às páginas do Twitter ou do Facebook da polícia de Paris são convidados a fornecer informações para ajudar a resolver casos em que os culpados pelos acidentes fugiram do local na cidade, famosa por seus frequentes acidentes de trânsito, e seus subúrbios.
Um link direciona o internauta ao site da polícia, onde encontra detalhes sobre as ocorrências, incluindo data, horário e circunstâncias do acidente, além de um mapa indicando o local onde ocorreu.
"Essa busca por testemunhas é um importante elemento para resolver crimes. Alguém pode muito bem ter visto algo e só lembrar depois", disse o chefe de comunicações da polícia de Paris, Xavier Castaing, à Reuters.
Castaing não informou se as declarações de testemunhas online já estão ajudando a resolver casos de fugas de acidentes, e muitas pessoas reclamaram em sites de notícias que a iniciativa irá encorajar as pessoas a delatarem os outros.
"É perigoso, estamos entrando num sistema que pode rapidamente sair de controle. As paredes têm ouvidos", diz um comentário no site da revista "L'Express".
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