quarta-feira, 13 de abril de 2011

Projeto de lei dos EUA quer restringir coleta de dados dos consumidores por empresas de tecnologia

WASHINGTON - Os senadores americanos John Kerry e John McCain apresentaram um rígido projeto de lei sobre privacidade na terça-feira que, se aprovado, pode obrigar as empresas de internet e tecnologia em geral a notificarem seus consumidores, numa linguagem clara, quando seus dados estiverem sendo coletados, além de obrigá-las a manter essas informações a salvo dos hackers.

Há uma preocupação crescente sobre a quantidade de informações dos usuários coletadas por empresas na rede. O projeto de lei se aplicaria a centenas de companhias, desde a gigante de buscas Google à de telefonia AT&T.

Caso o projeto se torne lei, além de serem obrigadas a informar aos consumidores o motivo de seus dados estarem sendo monitorados, as empresas também terão que permitir que os usuários neguem o recolhimento de certas informações, como dados médicos, quando não concordarem com o procedimento.

O projeto também quer pressionar as empresas a coletarem apenas as informações necessárias para operações específicas e compatíveis com sua área de atuação. Kerry, um democrata de Massachusetts que já foi candidato à presidência americana, disse que a medida teve o apoio de algumas grandes empresas de tecnologia.

- Essas empresas concordam conosco que não é apenas um bom negócio proteger seus clientes. Elas sabem que isso é, antes de tudo, a coisa certa a fazer - disse ele, em entrevista coletiva. McCain, um republicano do Arizona que foi derrotado por Barack Obama na última eleição, comentou que vários sites são gratuitos justamente porque lucram com receita publicitária - potencializada por meio das informações coletadas, que permitem anúncios direcionados. HP, Microsoft, eBay e Intel apoiaram o projeto.

"Defendemos há muito tempo uma legislação federal abrangente sobre privacidade", disseram em comunicado conjunto. "A complexidade das leis de privacidade atuais torna difícil para muitas empresas o seu cumprimento."


Fonte: O GLOBO

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