Pouco antes de chegar a uma entrevista de emprego recente, o que Justin Bassett esperava eram as perguntas usuais sobre experiência profissional. Mas ele foi surpreendido pelo entrevistador, que queria saber também a sua senha do Facebook.
Bassett, que é estatístico e vive em Nova York, recusou-se a informá-la e desistiu da vaga, alegando que não queria trabalhar para uma empresa que fuça esse tipo de informação. Mas seu caso não é isolado, pois várias empresas americanas vêm exigindo a mesma coisa de seus candidatos, e muitos não podem se dar ao luxo de dizer não.
Foi o que aconteceu com o guarda Robert Collins em 2010, quando voltava de uma licença após a morte de sua mãe. O Departamento de Segurança Pública de Marylan pediu que ele informasse a sua senha na rede social para checar se ele possuía alguma conexão com membros de gangues.
—Eu precisava do meu emprego para alimentar minha família. Eu tinha que dar (a senha) - afirmou Collins.
A prática vai além da checagem que departamento de recursos humanos já faziam sobre o conteúdo publicado por quem busca um emprego na companhia a pretexto de conhecer melhor o futuro funcionário. Pedir a senha de um candidato é mais comum entre órgãos públicos, especialmente entre polícias e serviços de atendimento a emergências.
— É como exigir as chaves da casa de alguém — disse Orin Kerr, professor de direito da Universidade George Washington e ex-promotor federal, que classificou a prática de "uma flagrante violação de privacidade."
A legalidade do expediente está sendo questionada, e projetos de lei no Illinois e em Maryland querem proibir órgãos públicos de fazerem isso.
Empresas que não chegam a exigir as senhas têm tomado outras medidas, como pedir aos candidatos que adicionem na rede social funcionários do departamento de recursos humanos da companhia ou acessem o site na frente do entrevistador. Alguns profissionais já empregados também têm sido obrigados a assinar um acordo que os proíbe de criticar o empregador nas redes sociais.
Outras companhias também estão usando programas de computador que vasculham os perfis dos candidatos no Facebook. Entre elas está a gigante Sears, que solicita aos proponentes a uma vaga na varejista que acessem a página da empresa por meio do login no Facebook. Dessa forma, o aplicativo consegue informações como a lista de amigos do candidato. Um porta-voz da Sears, Kim Livremente, disse que o programa permite que a companhia atualize as informações de experiência do profissional no mercado de trabalho.
O Facebook não quis comentar os casos, dizendo apenas que proíbe "a solicitação de informações de login e acesso às contas por terceiros". Repassar senhas também é proibido pelos termos de uso da rede social. O Departamento de Justiça americano considera crime federal o acesso irregular a uma rede social, mas o próprio órgão disse recentemente no Congresso que esse tipo de violação não está sujeita a processo.
Bassett, que é estatístico e vive em Nova York, recusou-se a informá-la e desistiu da vaga, alegando que não queria trabalhar para uma empresa que fuça esse tipo de informação. Mas seu caso não é isolado, pois várias empresas americanas vêm exigindo a mesma coisa de seus candidatos, e muitos não podem se dar ao luxo de dizer não.
Foi o que aconteceu com o guarda Robert Collins em 2010, quando voltava de uma licença após a morte de sua mãe. O Departamento de Segurança Pública de Marylan pediu que ele informasse a sua senha na rede social para checar se ele possuía alguma conexão com membros de gangues.
—Eu precisava do meu emprego para alimentar minha família. Eu tinha que dar (a senha) - afirmou Collins.
A prática vai além da checagem que departamento de recursos humanos já faziam sobre o conteúdo publicado por quem busca um emprego na companhia a pretexto de conhecer melhor o futuro funcionário. Pedir a senha de um candidato é mais comum entre órgãos públicos, especialmente entre polícias e serviços de atendimento a emergências.
— É como exigir as chaves da casa de alguém — disse Orin Kerr, professor de direito da Universidade George Washington e ex-promotor federal, que classificou a prática de "uma flagrante violação de privacidade."
A legalidade do expediente está sendo questionada, e projetos de lei no Illinois e em Maryland querem proibir órgãos públicos de fazerem isso.
Empresas que não chegam a exigir as senhas têm tomado outras medidas, como pedir aos candidatos que adicionem na rede social funcionários do departamento de recursos humanos da companhia ou acessem o site na frente do entrevistador. Alguns profissionais já empregados também têm sido obrigados a assinar um acordo que os proíbe de criticar o empregador nas redes sociais.
Outras companhias também estão usando programas de computador que vasculham os perfis dos candidatos no Facebook. Entre elas está a gigante Sears, que solicita aos proponentes a uma vaga na varejista que acessem a página da empresa por meio do login no Facebook. Dessa forma, o aplicativo consegue informações como a lista de amigos do candidato. Um porta-voz da Sears, Kim Livremente, disse que o programa permite que a companhia atualize as informações de experiência do profissional no mercado de trabalho.
O Facebook não quis comentar os casos, dizendo apenas que proíbe "a solicitação de informações de login e acesso às contas por terceiros". Repassar senhas também é proibido pelos termos de uso da rede social. O Departamento de Justiça americano considera crime federal o acesso irregular a uma rede social, mas o próprio órgão disse recentemente no Congresso que esse tipo de violação não está sujeita a processo.
Fonte: O GLOBO
Nenhum comentário:
Postar um comentário