quinta-feira, 21 de junho de 2012

Saiba como a lei encara ofensas pela internet



1) Existem leis específicas para crimes contra a honra cometidos pela internet?
Não. Ofensas feitas na rede são encaradas pela Justiça brasileira à luz dos mesmos artigos do Código Penal que se referem a comentários feitos em qualquer outro espaço.
2) O fato de a ofensa ter sido feito pela internet pode agravar a pena?
Sim. Um inciso do capítulo do Código Penal sobre crimes contra a honra diz que as penas aumentam em um terço "na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a divulgação da calúnia, da difamação ou da injúria", como é o caso da internet.
3) Declarações feitas de forma anônima podem redundar em processos?
Sim. Ocultar o nome na internet não garante o anonimato perante a Justiça. Com os dados do IP da máquina de onde partiu a ofensa, fornecidos pelo provedor da conexão, é possível localizar o autor de um comentário.
4) O provedor da conexão é obrigado a fornecer dados de IP do autor da ofensa?
Sob ordem judicial, sim. No entanto, não há nenhuma lei no Brasil que determine um tempo mínimo durante o qual os provedores são obrigados a guardar os dados de conexão de seus usuários.
Fonte: FOLHA.COM

terça-feira, 5 de junho de 2012

Comentários e anúncios do Facebook não influenciam usuários


SÃO FRANCISCO - Quatro em cada cinco usuários do Facebook jamais adquiriram um produto ou serviço como resultado de anúncios ou comentários encontrados na rede social, segundo uma pesquisa feita pela Reuters/Ipsos. O resultado é o mais recente sinal de que a companhia terá dificuldades para converter sua base de mais de 900 milhões de usuários em uma fonte fixa de receita publicitária para acalmar acionistas.

A pesquisa online também revelou que 34% dos usuários do Facebook consultados dedicam menos tempo ao site agora do que há seis meses, enquanto apenas 20% ampliaram seu tempo de uso na plataforma.

As conclusões exaltam as preocupações dos investidores sobre a capacidade de faturamento do Facebook, o que resultou em queda de 29% nas ações da companhia desde a estreia na bolsa, no mês passado, reduzindo o valor de mercado da empresa em cerca de US$ 30 bilhões. A avaliação do site caiu de US$ 104 bilhões para 70 bilhões. A ações da empresas são negociadas nesta terça-feira a US$ 26 na Nasdaq.

Ainda de acordo com o levantamento, cerca de 44% dos entrevistados afirmaram que a estreia das ações da empresa no mercado, vista como problemática por investidores, os tornou menos favoráveis ao Facebook. Nos Estados Unidos, apenas 21% dos 1.032 americanos participantes disseram não ter uma conta no Facebook.

As entrevistas foram realizadas pela internet entre 31 de maio e 4 de junho.

Facebook tem desempenho pior do que e-mail marketing

Os 900 milhões de usuários da rede social fazem do Facebook um dos mais populares sites da internet, desafiando companhias estabelecidas no setor como a Google e também a Yahoo. Nem todo mundo está convencido de que a companhia conseguiu descobrir como traduzir sua popularidade em um modelo de negócios que justifique sua generosa avaliação.

Embora a pesquisa não tenha considerado de que maneira outras formas de publicidade afetam o comportamento dos membros, um estudo conduzido em fevereiro pelo grupo de pesquisa eMarketer sugeriu que o Facebook tem desempenho pior do que e-mail marketing ou publicidade via mala direta no que tange a influenciar as decisões de compra.

- A pesquisa mostra que o Facebook terá trabalho para conseguir que sua publicidade seja mais relevante para as pessoas - disse a analista do grupo eMarketer, Debra Williamson. As preocupações se agravaram no mês passado quando a General Motors, a terceira principal anunciante nos Estados Unidos, disse que poderia deixar de pagar por publicidade no site.

O Facebook não quis fazer comentários sobre a pesquisa e se limitou a citar casos como o da empresa Nutella, cujas vendas aumentaram 15% graças ao plano de publicidade no Facebook. Assim como o restaurante Applebee, cujos anuncios no Facebook fizeram triplicar seus rendimentos.

A rede social compete no setor de publicidade online com a Google, cujo motor de buscas é o mais usado em todo o mundo. A gigante de internet gerou US$ 38 bilhões em receita de anúncios durante o ano de 2011. Os anúncios exibidos nos resultados de busca da Google é um dos meios considerados como mais efetivos para conversão de compras na web.

- O Facebook é constantemente desafiado pela "fadiga de Facebook". Para ignorar o fator é preciso introduzir novas formas de interação", disse Ray Valdes, analista do Gartner, citando novos recursos como a interface de "linha de tempo" (Timeline) e a aquisição do aplicativo de fotos Instagram.